Parece um clichê mas é verdade:
nenhuma gravidez é igual a outra. Desde a maturidade ao entender a concepção
até o nascimento e pós parto, a maternidade em cada gestação é diferente. Nisso já entendemos que cada vida é única!!!!
Pra dizer que não tive nada igual, destaco meus enjoos que se inciaram nas duas
gestações exatamente ás 5 semanas. A do
Nícolas com 13/14 semanas já tinha acabado, já da Ludmilla....mais ou menos com
39 semanas terminou (ela nasceu de 39 semanas...rsrsrsr). Fora isso, nas duas
gestações não tive nenhum problema de líquido amniótico, nem placenta
prévia....nem nada, com a graça de Deus!!!
Minha
gravidez foi coberta de alegria pela sua descoberta , pois demorei um pouco
a engravidar (mais ou menos 7 meses na tentativa) entre testes de ovulação e de
gravidez negativos. Mas juntando a isso tive muito enjoo, muita azia, refluxo, sono,
dor na coluna....rsrsrsrsr. Faz 10 dias que não estou mais grávida, e digo que
a gravidez deve ser aproveitada nos seus detalhes, nas suas particularidades
porque ela passa e fica a lembrança saudosa de um tempo maravilhoso, um momento
único!! Meu segundo momento!!!
Era uma
quarta –feira. Dia de ultra, de consulta. Passei o dia com contrações , bem
espaçadas. No exame de toque não estava com dilatação. Resolvi umas pendencias na casa (pois tinha acabado de me
instalar na nova casa, na nova cidade de Itu-SP com a ajuda da minha mãe, irmã,
marido...). Levar filho mais velho na
escola, acabar de ajeitar algumas coisinhas...deixar tudo organizado para a
hora que no fundo eu sabia que estava chegando. Me lembro da janta a noite
preparada pelo meu marido de tomar um buscopan , tomar um banho bem quentinho e
deitar. De madrugada minhas contrações ficaram mais fortes e pegamos tudo: hora
de ir pra maternidade.
Com 3
cm de dilatação fui internada ás 3:25 ficando na sala de pré parto. Infelizmente,
não pude ter acompanhante nesse momento (sei que existe uma lei federal, mas no
Brasil as coisas não se encaixam muito na lei). Meu marido havia ficado com meu
filho e ido buscar minha mãe . Eu continuava
na sala de pré parto, com contrações que duravam de 45 a 60 segundos em
intervalos de 5 minutos. Sem intervenção nenhuma até o momento, eu aguardava
enquanto andava pra lá e pra cá pra dilatar mais rápido. O médico que havia
feito minhas últimas consultas do pre natal, foi me ver ás 6:30 e após mais um
toque constatou que eu estava com 6 com de dilatação. Foi uma alegria!! Na
minha mente, sem intervenção nenhuma e dilatando rápido, não demoraria muito
meu trabalho de parto, pois ficar na sala de pré parto sem ninguém da família
por não poder (ordens do hospital, isso pq era convênio) e sem poder ao menos
falar no celular com as pessoas , não é fácil. Mais ou menos ás 7:30 o médico
plantonista do convênio foi me ver. Nesse momento começou minha ansiedade. Ele
me falou que eu estava com 4 de dilatação. Pediu a enfermeira (se eu for contar
o jeito estranho de tratar quem estava em trabalho de parto pode dar um livro)
pra me dar um remédio pra aliviar a dor
pra eu conseguir tomar café da manhã. Mas não sei que remédio era aquele (me
informaram que era dipirona) onde uma crise se ansiedade me bateu e o fato de
estar sozinha e pensar que o trabalho de parto podia demorar horas e horas me
fez repensar. Chamei a enfermeira e perguntei qual a chance de eu receber a
analgesia, pois naquele momento, as dores estavam aumentando e a ansiedade
também. Uma sensação estranha. A analgesia, segundo a enfermeira só é dada com
quase 9 cm de dilatação. Isso pra mim foi uma facada. Como pode uma frieza tão grande de
profissionais??? Conversei com o médico
e mediante a uma dilatação lenta optamos pela cesárea. Não foi fácil. Eu queria
o normal. Não sou ativista do parto normal. Acho que a cesariana quando
necessária é indiscutivelmente importante. Mas parto normal tem suas vantagens
indiscutíveis também. É preciso dar a futura mamãe confiança . E o psicológico influencia
muito. Não me arrependo de ter conversado com o médico sobre a cesariana,
embora eu soubesse que se eu estivesse com algum familiar me dando apoio (como
foi no Nícolas, pois o hospital permitia) talvez eu aguentasse mais um
pouco. A partir dali me colocaram sonda
e fiquei mais de 3 horas com a sonda, com contração, sem poder levantar
aguardando o momento da minha cesárea. Ao todo, mais de 9 horas de trabalho de parto,
sem permissão do hospital para ter um familiar sem poder me comunicar com a
família e sem saber ao menos até quando isso iria durar. Muitas vezes me perguntava se eu não estava
sendo fraca. Talvez sim...mas a decisão havia sido tomada.
A
equipe que fez minha cesárea, foi muito compreensiva e humana. Não tenho o que
reclamar. Embora me sentindo estranha num centro cirúrgico (pois imaginava que
teria outro normal), minha pequena Ludmilla nasceu ás 12:45, perfeita de parto
cesárea medindo 47 cm e pesando 3,190. Detalhe...ela estava dormindo. Uma
gracinha. Minha bebê é preguiçosa...Em segundos ouvi aquele chorinho e uma vez mais disse :"Seja bem vinda minha filha!!!! E no meu coração um mesmo te amo....e que a benção do Pai esteja sobre a vida dela!!!!".Ludmilla foi levada na primeira hora para
ser amamentada (tudo bem que eu estava grogue), mas li pude ficar com ela
aconchegada. Uma mistura de sensações:
eu estava precisando de “ajuda”, mas precisava ficar com ela. Me recordo do meu
marido chegando e minha mãe. E ali pensei: graças a Deus passou!!! Ludmilla
está aqui!!!
Pra
parturiente, sem dúvida nenhuma o parto normal é o melhor. Recuperação
instantânea. Mas graças a Deus estou
tendo muito auxílio da minha mãe e marido. Tive muito carinho da família. E o
mais importante, minha pequena Ludmilla está linda, crescendo e eu com 10 dias
de operada estou me recuperando bem mesmo!!! Espero sinceramente, que mais que
uma lei de incentivo ao parto normal, tenhamos profissionais capazes de
entender que é preciso compreender o
psicológico da mãe naquele momento. Que nossos profissionais sejam humanos em
qualquer via de parto.
Experiência é tudo....e eu passei pelas duas e com a graça
do bom Deus, nas duas o Senhor me abençoou, apesar das dores diferentes em cada
caso.
No mais, a gravidez precisa ser aproveitada em todos os
momentos. O momento do parto, o pós parto tudo, absolutamente tudo precisa se
aproveitado. O tempo passa rápido e a saudade vai ficar....e a lembrança pra lá
de especial!!!!Uma vez mais agradeço ao meu Deus, ao meu marido, minha mãe que fizeram de tudo!! Agradeço minha irmã, meu pai e cunhado que me proporcionaram a presença aqui num momento maravilhoso!! Agradeço a minha prima Natália...que uma vez foi super preocupada ("força na peruca") e a cada familiar que ligou, escreveu, se preocupou e pediu a Deus por mim!!! Assim como cada amigo!!!!
Dois momentos marcantes da minha vida: 12/02/2010:
nascimento do pequeno Nícolas,
26/02/2015: nascimento da pequena Ludmilla!E que Deus continue abençoando a vida do meu Nícolas e da minha Ludmilla!!!!! Que cresçam na Presença DELE e sejam felizes!!! Verdadeiramente felizes!!!!!
"Seja bem vinda meninina linda
Seu irmão também te diz alô
Aumenta a família
Ah que maravilha
Cresce junto nosso amor...."
Noossa Jamille, relato emocionante, quase chorei só de ler!!!! Ainda não tive a experiência de 2 gravidez, somente 1 mas já estou guardando todas as dicas.... Voltei no tempo e lembrei do meu parto que foi exatamente assim, a diferença é que pude ter visita no horário do almoço e renovar as forças. Mas depois de ver que não daria o parto normal conversei com médico e fiz cesárea. Em todo lugar existe profissionais que te trata com frieza, parecendo não gostar da função. (Passei por isso tb).
ResponderExcluirMas graças a Deus no final deu tudo certo!!!!
Parabééns pela Família e pelas riquezas: Nícolas e Ludmilla. Boa sorte aí nessa nova jornada. Beijinhos
Emocionante e acima de tudo: Uma prova da fidelidade e do cuidado de Deus! Seja bem vinda Ludmilla!! Dindinha Lorena te ama muito!!!
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